Geração de energia

Instalação de parques eólicos em Pinheiro Machado deve começar ainda em 2023

Complexo prevê 26 aerogeradores gerando o equivalente a 3% da demanda média de energia elétrica do Estado

Alex Rocha/Palácio do Piratini - Complexo Eólico Pontal, em Viamão, é referência no RS

Por Victoria Fonseca
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)

A Zona Sul do Estado está próxima de contar com mais um complexo de torres eólicas compondo a paisagem. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou na última terça-feira a implantação de dois projetos de geração de energia elétrica renovável no Rio Grande do Sul, sendo um deles em Pinheiro Machado. A construção dos parques ECB - Pedras Altas Energia Eólica deverá iniciar ainda em 2023.

O empreendimento prevê a implantação de quatro parques eólicos: Candiotinha, Invernada da Pedra Grande, São João Batista e Serra do Veleda. Juntos, terão 117,6 megawatts (MW) de capacidade instalada, energia que corresponde a cerca de 3% da demanda média do Estado. No total, serão instalados 26 aerogeradores.

Localizado no interior de Pinheiro Machado, desde 2010 o complexo está em trâmites de instalações. Os parques já contam com o licenciamento ambiental prévio e estão avançando para obter a licença de instalação. A perspectiva é que o início da construção das torres ocorra ainda em 2023. A operação de fato tem previsão de iniciar dentro de até 48 meses, seguindo prazo estipulado em legislação federal. Após finalizada a construção da estrutura para o funcionamento, será necessária ainda uma última permissão, a Licença de Operação.

Referência na ovinocultura, os extensos campos do Município são tradicionais espaços para a criação de ovelhas. Neste sentido, o espaço em que as estruturas eólicas serão instaladas têm que ser arredados, processo fundiário que também já está concluído. A vantagem da produção de energia neste sistema é que os proprietários podem continuar utilizando as terras para produção.

Já no quesito empregos, a projeção é que, para viabilidade e manutenção das torres, 400 empregos diretos e mais de mil indiretos sejam gerados. O investimento total no complexo é estimado em torno de R$ 700 milhões. A energia produzida pelos parques será alocada no Sistema Interligado Nacional para consumidores livres.

Qualidade dos ventos

Conforme o sócio da ECB - Pedras Altas Energia Eólica, Ricardo Pigatto, no início do processo de prospecção o objetivo era encontrar no Rio Grande do Sul a melhor região em termos de qualidade de massas de ar (vento). Característica que foi encontrada em abundância na Zona Sul do Estado. "Pinheiro Machado se mostrou excepcional e foi então que colocamos as torres de medição de vento", explica.

Além do Município, Pedras Altas e Bagé também passaram na análise de ventos favoráveis. Nas três cidades da Metade Sul há projetos da empresa para instalação de parques eólicos com as licenças prévias emitidas. A produção de energia das usinas nos três municípios deve somar 567 MW.

Desenvolvimento

Para Pinheiro Machado, a instalação do complexo de parques eólicos significa mais desenvolvimento, de acordo com o prefeito Ronaldo Madrugada (PP). O gestor ressalta que o empreendimento irá mudar os rumos do Município resultando em crescimento de movimentação em todos os setores da cidade.

Buscando contribuir para que o processo de avanço nas instalações seja o mais célere possível, Madruga tem auxiliado nas tratativas. Recentemente o prefeito esteve em Brasília para acompanhar as conversas com a Aneel em busca da Licença para Instalação. Segundo ele, surtiram respostas otimistas. "Sinalizaram que a resposta seria positiva, que eles já tinham uma pré-análise positiva da liberação do parque", conta.

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